sábado, 23 de julho de 2011

Post Informativo 1:

Agradeço a todos os leitores que estão acompanhando a estória. O Ultimo capítulo foi o mais curto de todos, deixei ele menor mas pelo menos um pouco explicativo.

Irei reformular um pouco o modo de escrever para melhor, tentarei escrever um pouco mais em cada capítulo e melhorar o modo de escrita também, colocar mais ilustrações poderá ajudar no entendimento, embora eu tentarei deixar tudo bem detalhado. Eu não planejo fazer uma estória muito longa, por isso ela não passará de 20 capítulos, ou caso venha a passar não irá muito longe.

Agradeço a atenção!

Capítulo 8 – O Começo do Fim

Cmd Fred – Eu não acredito que aquele coronel desistiu.

Os bombardeiros começam a soltar as bombas à quase  20 quilômetros de distância, e o chão começa a tremer.

Cpt. John McMillan – Eles ainda estão um pouco longe para o chão começar a tremer, mal posso vê-los daqui...

O grupo avança mais pra frente do terraço em busca de uma melhor visão dos bombardeiros, porém alguns prédios dificultavam a visão, cada vez mais o prédio começava a tremer, mas não era algo absurdo, algo mais suspeito. Quase todos olhavam para cima dos prédios em busca do bombardeiro que iria soltar a bomba definitiva, porém era perceptível que ainda estavam um pouco longe.

Sgt.Charles – O prédio pode cair por abalo das outras bombas, mas não é comum...

O grupo ao ouvir Charles, olham para base do prédio, inclinando-se pelo para-peito, a base permanecia aparentemente segura, mas nada poderia ser visto com perfeição dali do alto. Os sons continuavam aumentando e em maior freqüência, um forte estrondo foi ouvido e uma fumaça tomou conta de alguns quarteirões mais a frente.

Sgt. Charles – Devem estar a uns 10 quart...

A frase de Charles foi interrompida por uma forte onda de vento que quase impulsionou as 6 pessoas para frente do para-peito. Ao virar-se, depararam-se com o helicóptero:

Coronel Heinz – Hahaha, acham que eu ia deixar vocês pra trás? Vim ver pessoalmente a cara de vocês. Coloquem seus traseiros a bordo, não quero virar churrasquinho de fim de dia!

Cmd Fred – Coronel maldito, uma hora você nos mata de susto!

Os três restantes soldados e as três restantes garotas subiram no helicóptero de transporte, as ultimas melodias do tango ainda eram tocadas.

Cmd Fred – Eu juro que, quando voltar para casa vou criar uma lei que não permita esses malditos helicópteros silenciosos!

Coronel Heinz – Peço desculpas se deixei vocês com medo, foi difícil subir 60 andares com isso aqui, além disso queria assustá-los um pouco, deveriam ter visto seus rostos.

Cmd Fred – Eu não fui com a sua cara, não gostei da piada...

Cpt. John McMillan – Falou o piadista.

O Helicóptero se retirava, os prédios anteriores ao prédio de 60 andares começavam a cair. Com uma altura maior era possível ver a dimensão do ataque realizado, eram muitos bombardeiros, diversos, milhares.

Cpt. John McMillan – Nossa, é um grande contingente coronel.

Coronel Heinz – É verdade, preferiram explodir os prédios com o intuito de jogá-los encima dos infectados, ao invés de bombas de destruição em massa que poderiam acabar com a cidade mais rapidamente, porém não poderiam entrar nela tão cedo.

Cmd Fred – Para onde vamos agora?

Coronel Heinz – O Presidente disse que o país passa por um estado crítico, que todos devem se confinar em suas casas, nós iremos para perto daqui, Virginia.

Cpt. John McMillan – Virgina, o que tem a Virginia?

Cmd Fred – Pentágono?

Coronel Heinz – Sim, o pentágono, está em alerta de segurança máxima, nem uma formiga passa por lá sem autorização e credencial, se passar ela é acertada na cabeça por uma .50.


Cmd Fred – O presidente deve estar lá, quero falar umas poucas e boas pra ele, por que ele nos jogou aqui?

Coronel Heinz – Não tenho certeza. Mas de uma coisa eu tenho, Washington D.C. não foi a única cidade infectada! A Pensilvânia também tem indícios de infectados, e pelo que me parece estão indo também para o Sul, Virginia fica ao sul, por isso o presidente não ficará lá muito tempo. E para um presidente que prometeu coragem e pulso forte, e está fugindo de cidade em cidade... Algumas cidades estão em total caos, os preços congelaram, mas ninguém liga para preços, todos saqueiam, roubam. De uma coisa eu tenho certeza, ou eles explodem metade do país assim como fizeram com a capital, ou este será só o começo do fim!




sexta-feira, 22 de julho de 2011

Capítulo 7 – O Juízo Final, para alguns...

Fred entra na casa com a cara toda branca, suando frio...

Sgt.Charles – O que diabos aconteceu?

Cmd Fred – Tinha um infectado na farmácia...

Sgt.Charles – E cadê o Major?

Cmd Fred – Foi mordido... Ele falou que não queria virar um homem sem controle, e não queria se matar pois queria ir para o céu... Ele disse que Deus me perdoaria...

Sgt.Charles – Meu deus! E agora o que faremos?

Cmd Fred – Bom, acho que temos de ir para o Prédio, iremos sair daqui a pouco, acorde as garotas.

O Sol começa a subir pelo prédio em que deveriam chegar, seguir o sol agora era o objetivo, chegar rápido e forte no prédio seria uma chance de sobrevivência...Sim, uma chance, pois nem tudo estava salvo. Utilizaram a mesma forma que a anterior para se locomover, pelos quintais e por dentro das casas, pulando muros e passando por baixo de cercas, assim o risco de se abrirem totalmente as ruas era diminuído, era tudo muito tenebroso. Cachorros e gatos mortos no caminho, certamente o vírus agiu sobre eles, ou alguém os matou antes de partir, lama e fogo, árvores lindas e árvores queimadas, cheiro forte de sangue e carne podre tomava o ar, e isso já era mínimo pois o grupo teria se acostumado desde o primeiro dia. Sempre que uma travessia de rua era necessária. 

Charles dava apoio ao grupo de cima de uma casa, e o grupo depois dava apoio para ele, tudo técnicamente e táticamente correto, era hora de expor todo o aprendizado que conseguiram durante anos de treinamento, as garotas estavam inseguras, mas Fred tomou o risco que o Major não teria tomado, deu para as três uma pistola, sendo uma a do Major que teria morrido, checando as munições notavam que sobravam poucas, principalmente na arma de Fred, mas a de Charles ainda estava quase completa, não teria disparado seu rifle muitas vezes... Era tudo muito vazio, tudo muito horroroso, a longa caminhada era árdua, Fred pensava como o infeliz do John fez tudo aquilo de noite e correndo, matando os infectados, somente um maldito veterano poderia fazer aquilo, sem ver e sem ser visto...Certamente Charles pensaria o mesmo...

O Prédio cada vez ficava maior, cada vez se aproximava, nenhum sinal de vida nele, somente o para-raio ligado. Fred olhava no relógio digital, mas parece que havia batido e estava sem horas, Charles não havia trazido relógio, e nenhuma das garotas tinha também, a vontade de saber quanto tempo faltava para a sua morte era enorme, quanto tempo faltava para saber o maior segredo da vida, quanto tempo faltava para rever os seus melhores amigos que agora estavam mortos, a maioria já comidos por outros infectados...

A ultima quadra chega, Charles e o grupo sobem em uma casa e analisam por alguns minutos o cruzamento, o prédio é um prédio comercial, um gigantesco prédio de quase 60 andares e parecia estar totalmente fechado, fora por um fuzil sem cartucho largado ao chão da entrada, o fuzil era o G36C de John McMillan, ou seria um sinal, ou ele teria morrido, ou se ferido e fugido... De qualquer forma teriam de entrar no prédio. Assim que visualizaram um bom momento para avançar, não pensaram duas vezes.

Os dois soldados e as três garotas passaram o cruzamento rápido e chegaram a porta de vidro do prédio, ela estava espantosamente aberta, assim que abriram perceberam que o hall estava abandonado, não havia sinal de ninguém, provavelmente todos deveriam ter evacuado... Assim que chegarem nos elevadores perceberam que não estavam ligados, e tomaram um susto:

Cpt John McMillan – Até que enfim chegaram.

Surge John detrás de uma mesa caída.

Cpt. John McMillan – Onde está o Major?

Cmd Fred – Morreu, assim como Andrew e Robert e o gordo do Phill. Mas dessa vez ele não foi comido até o fim dos tempos.

Cpt. John McMillan – Certo, vou ligar o elevador, vamos subir ao terraço, quero mostrar algo pra vocês.

John foi para a lateral do prédio, e logo voltou, o elevador já tinha energia, e a melhor coisa, uma visão panorâmica da cidade, que logo o elevador foi subindo, foi mostrando a beleza da cidade de Washington...

Cmd Fred – Isso aqui está pior do que uma guerra...Nunca vi algo do tipo...

O elevador demorou para subir todos aqueles andares, mas a paisagem contagiava todos naquele elevador, fez 60 andares parecerem apenas 10. Assim que chegam a sair do elevador, o mesmo é desligado manualmente por John.

Cpt John McMillan – Venham cá, quero mostrar aonde os zumbis estão...

Ele guia o grupo para uma das extremidades do prédio e aponta para entre vários prédios, ao fim de um corredor de prédios era possível ver um amontoado de milhares de infectados.

Cmd Fred – O que eles fazem ali?

Cpt.John McMillan – Não tenho certeza, mas ouvi explosões e tiros lá, acho que alguém sobreviveu e está cercado, não temos como ir lá salvar, são muitos.

Sgt.Charles – John, acreditas em destino?

Cpt.John McMillan – Talvez, por que?

Cmd Fred – Susan é irmã da sua antiga namorada Jennifer.

Cpt.John McMillan – Nossa, não acredito... É tudo muita coincidência.

Sgt.Charles – E o que faremos até a hora do resgate? Ou até a hora de morrer?

Cpt. John McMillan – Eu me dei ao trabalho de trazer algumas coisas aqui pra cima, ali tem uns jogos de tiro ao alvo, trouxe um rádio com som para escutarmos musica também...

Sgt.Charles – Bom, ainda faltam 2 horas, acho que vou descansar um pouco, depois faço um tiro ao alvo diferente, com os infectados...

O Tempo passa muito devagar, cada momento é ao máximo apreciado, todos calados, alguns alegres, vivendo talvez seus últimos minutos. Após uma hora e meia Charles estava atirando de cima do prédio com o restante de munição que sobrará e berrava quando acertava alguém...

Cpt.John McMillan – Por que não fazemos algo diferente? Vamos dançar com as moças, dá para fazer três pares.

Susan – Até que enfim uma boa idéia.

Sgt.Charles – Ah, eu queria mais um tiro, mas tudo bem. Que musica temos aí?

Cpt.John McMillan  - A pessoa que vivia no apartamento em que peguei o rádio gostava de uma musica clássica, temos tempo para uma musica somente...


Cmd Fred – Nunca dancei tango, mas vamos lá.

Fred tem como par Mary, Charles pega Deborah como par e Susan fica com John...

Susan – Sabe, minha irmã ficou sentida quando te largou.

John – Ainda não entendi o motivo.

Susan – Ela não me explicou também.

John – Bom, espero que ela esteja em um lugar melhor do que este.

Susan – Ela viajou para Europa, deve estar bem.

Fred – Até que enfim uma musica ao menos animadora, já falei como eu queria morrer?

Charles – Acho que você já falou, mas prossiga...

Fred – Eu queria morrer em uma cama quentinha, velho junto com minha mulher velha também, sabem, nunca 
pensei que iria morrer em combate, ou com fogo amigo neste caso, se é que é considerado assim... Ou eu queria morrer pela minha pátria.

John – Esqueça o que o Major disse naquela noite, você está ajudando a pátria, está ajudando cidadãs do estados unidos a não serem feridas por seus próprios cidadãos. Não se preocupe, somos todos heróis.

Fred – Isso me alivia, amigo...

O Tango prosseguia, o sol descia, o tempo ficava mais frio, cada vez mais a ansiedade aumenta...

John – E você Charles, como queria morrer?

Charles – Eu realmente não tenho idéia. E vocês garotas?

Todas as três também não faziam idéia...

Charles – E você John?

John – Sinceramente, também não faço idéia, mas talvez como o Fred Foi o único a pensar em uma morte, 
eu queria morrer como ele...

Fred – Morrer como eu? Provavelmente irá, daqui a pouco...

Charles – A piada não foi boa...

Quando o tango atinge a sua parte mais melosa, os casais estão de lados, um olhando para o outro...
Escuta-se ao longe o barulho de uma aeronave, quem teria a coragem de virar o rosto?

Fred – Me digam que é um helicóptero... Por favor...

Charles foi o corajoso...

Charles – Senhoras e Senhores... Argh... São vários bombardeiros, foi bom lutar ao lado de vocês rapazes, e dançar ao lado de vocês, garotas...


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Capítulo 6 - Contato Exterior

O Grupo já se mantinha próximo da farmácia, com a máxima cautela, demorou quase boa parte do dia para passarem despercebidos por 4 quadras, entre a casa de John para a Farmácia, estavam chegando mas a noite não facilitou.

Major Arthur – Vamos ter de passar a noite aqui nesta casa, não podemos prosseguir sem termos descansado e sem uma boa visualização.

O Grupo já estava se organizando quando uma explosão aconteceu próximo a casa de John, alguns se preocuparam, mas outros acharam que foi somente mais uma explosão por fora. O Cmd Fred permanecia inquieto pelos acontecimentos e o Major estava pensativo sobre tudo o que estava ocorrendo. As três garotas estavam ainda em choque por sua amiga ter se suicidado, foi um dia difícil.

Sgt. Charles – Câmbio, alguém na escuta?

Nenhuma resposta era dada pelo Walkie-Talkie de longo alcance...

Cmd Fred – Pare de falar nessa porcaria, ninguém vai lhe escutar...

Sgt.Charles – Se alguém escutar eu irei salvar nossos traseiros, Alguém na escuta?

Um leve ruído saiu do Walkie-Talkie.

Sgt. Charles – Acho que alguém está captando o sinal, alguém do corpo de comando está na escuta? Aqui é 

Sgt.Charles designado para missão Alfa 9, a missão falhou, precisamos de extração da capital urgente!

Mais um chiado e uma resposta...

???? - Sgt Char... Aqui é o corone... nós não... tirar vocês daí.

Sgt. Charles – Câmbio, alguém na escuta? Pode repetir, não consegui entender!

Cmd Fred – Sobe no telhado da casa, rápido!

Os dois correram para o sótão da casa, quebraram uma parte da telha e subiram no telhado, a cidade ainda estava irreconhecível, alguns prédios eram fogueiras de petróleo, que não paravam de jorrar fogo pelas janelas.

Sgt.Charles – Alguém na escuta, poderia repetir?

???? – Aqui é o Coronel Heinz! Não podemos retirar vocês daí!

Sgt.Charles – Coronel! A missão falhou, tudo está uma loucura, precisamos sair daqui, alguém pode nos ajudar?

Coronel Heinz – Sinto-lhes informar, não podemos ajudar, e o pior, a cidade sofrerá um ataque.

Sgt.Charles – Como assim um ataque?

Coronel Heinz – O Presidente expediu uma mensagem para os restantes dos sobreviventes, a única cidade com o problema é Washington D.C. e os campos ao redor dela em termos de 200 Quilômetros, tudo irá ser explodido para evitar a contaminação, irão amputar uma mão para que não percam o braço!

Uma interrupção na linha é tomada, e uma voz surge.

John McMillan – Aqui é o Capitão John McMillan! Explodi um grupo desses infectados, encurralei eles em um beco, eu estou rumando agora para o prédio designado, parece que ele ainda tem energia... Coronel, em quanto tempo irão explodir tudo? Precisamos de um resgate nestas coordenadas...

Coronel Heinz – Eu vou fazer o seguinte, não poderei interromper a explosão, ela irá ocorrer em um dia, no final da tarde de amanhã... Deus, acho que vou tentar atrapalhar eles para demorarem mais, vocês decidem se querem percorrer os 200 quilômetros para sair da cidade ou irem para o prédio...

Sgt.Charles – Não temos como percorrer tudo isso, sem carro não chegaríamos nem a metade, ainda mais com os infectados.

Cpt John McMillan – Coronel, por favor, precisamos de um resgate...

Coronel Heinz – Ok é o seguinte, eu posso ser preso por mandar um grupo de helicóptero pegar vocês, eu não fui autorizado, mas eu vou tentar fazer isso, eles infelizmente não têm como sair hoje, tentarei fazer isso ao meio dia de amanhã, a viagem é de 5 horas, será no momento exato da explosão, se vocês avistarem o bombardeiro antes do helicóptero, então ou eu desisti ou eu fui preso, é o máximo que posso fazer por vocês!

Cpt. John McMillan – Agradeço coronel... Charles, eu estou seguindo para o prédio nesse momento, parece que estou mais seguro no escuro do que no dia, os infectados tem menos percepção de visão de noite, e as luzes os confundem mais!

Sgt. Charles – O Major disse que só iremos sair amanhã, temos de descansar, estamos próximos da farmácia, iremos pegar alguns remédios e rumar para o prédio, encontramos você lá ao meio dia!

Cpt. John McMillan – Certo, estou rumando para lá agora, irei chegar por volta das 2 da manhã lá, irei fortificar e descansar, ao meio dia se eu não estiver lá eu me explodi com mais alguns outros infectados! Câmbio Desliga!

Os dois descem do telhado, rumam para dentro da casa aonde encontram o Major...

Major Arthur – O que houve?

Cmd Fred – Conseguimos comunicação exterior, e com o John. Conseguimos falar com o Coronel Heinz da Operações Especiais de N.Y. Ele comunicou que irão explodir a capital, disse que tentaria enviar um resgate para o prédio, ou nós poderemos sair da cidade em um raio de 200Km.

Major Arthur – Não dá para percorrer tudo isso.

Sgt.Charles – Foi o que eu disse.

Major Arthur – Quando acontecerá?

Cmd Fred – Amanhã às 5 horas da tarde, ao por do sol.

Major Arthur – Certo, iremos fazer o seguinte, iremos dormir agora e acordar às 5 da manhã, iremos aproveitar o escuro para irmos para farmácia, pegar o que puder e retornar, só iremos eu e você Fred, Charles fica com as garotas, quando retornarmos iremos para o prédio...

Todos foram descansar, o mesmo sistema de vigia, agora com menos tempo de sono, com menos pessoas para se trocar, era mais complicado sobreviver... Ainda deitado, escutou-se mais uma explosão.

Cmd Fred – Charles, aquele infeliz do McMillan deve estar se divertindo agora com os infectados...

Sgt.Charles -  Ou pode estar se explodindo junto com eles...

Foi a ultima frase da noite, todos foram dormir, o Major ficou de vigia, logo depois acordou Fred durante a noite... Fred então acordou o grupo todo.

Cmd Fred – Todos, acordem, venham olhar isso...

O Grupo olhou para aonde Fred apontava, uma luz brilhante no prédio que havia energia.

Cmd Fred – Quem sabe código Morse?

Sgt.Charles – Robert sabia...

Major Arthur – Eu entendo um pouco, mas não tenho certeza se é um código Morse...

Cmd Fred – Se for aquele sacana do John... Parabéns pra ele...

Major Arthur – Certo, não podemos ficar aqui o tempo todo, voltem a descansar, logo iremos marchar.

Novamente o grupo voltou a descansar, já eram quase 3 horas da manhã, seria o dia em que decidiria o que aconteceria em diante, se eles poderiam voltar a viver suas vidas ou acabariam jogados em meios aos escombros do próprio prédio explodido. Às 4 horas da manhã Major Arthur e Fred se prepararam para ir a farmácia que se encontrava do outro lado da rua. Às 5 partiram...

Atravessaram a rua com rapidez, entraram na farmácia quebrando um dos vidros, ela parecia estar sozinha e abandonada, sem sinal de ninguém.

Major Arthur – Vamos pegar logo tudo que pudermos e sair daqui...

Fred e Arthur começaram a encher as mochilas, vários antibióticos e outros tipos de remédios... Sinceramente, nenhum deles achava que isso iria ajudar naquele momento, se alguém pegasse uma doença já seria o final de 
sua vida no mesmo dia, não seria tão significante, mas certamente iria amenizar alguma dor.

Sgt.Charles estava do outro lado na janela com sua arma de precisão olhando cada movimento da rua e da farmácia, parece que nenhum infectado estava ali, aonde estavam, todas as pessoas da cidade?

Logo ele escuta um barulho na farmácia, alguma coisa quebrou, visualiza em sua mira, mas não consegue ver nada...Depois de alguns segundos ele vê Fred tomando distância e dando um tiro para dentro da farmácia...Saindo da farmácia sem pressa e com a mochila do Major nas suas costas...

Capítulo 5 - Destino

Robert abre a porta, e o grupo se encontra de frente com o jovem infectado que estava ainda parado na frente da casa, o mesmo respondeu com um rápido reflexo, virando-se para o grupo e rangendo como um cachorro, porém permaneceu estático.

Fred se aproximou para conferir se o jovem estava vivo, mas ao chegar perto o jovem pulou encima dele, a reação do grupo foi rápida, o major conseguiu acertar a cabeça do jovem com o pé de cabra. Infelizmente o infectado não morreu, porém ficou desnorteado, mais alguns golpes foram necessários, mesmo que diante do pânico do grupo pela violência.

Assim que foi terminado o “serviço” foram avistados mais dois infectados ao final da rua.

Major Arthur – Não podemos ficar aqui muito tempo, vamos seguir o plano!

O Grupo correu para a viela que dividia as ruas paralelas, ela estava calma porém com alguns focos de fogo já apagados, o cheiro de lixo era notável, porém não muito grande. O grupo correu e esperou no final da viela.

Major Arthur – Parece que está tudo limpo, vamos!

O grupo atravessa a rua e se escora na parede do outro lado, na esquina ficava o pequeno mercado, logo se aproximaram e Robert começou a tentar abrir o portão de ferro que protegia o mercado com o pé de cabra já ensanguentado. Cada forçada fazia um barulho tremendo que não poderia ser bom, e não demorou para aparecer os resultados.

Cmd Fred – Merda, parece que estão vindo pra cá!

Ao fim de duas ruas do cruzamento aparecem alguns infectados, os mesmos avistaram o grupo e começaram a correr mesmo por uns 300 metros antes.

Cmd Fred – Quanto tempo falta pra abrir isso? Logo eles vão chegar aqui!

Cmd Robert – Não vai demorar, preciso de mais um minuto!

Cmd Fred – Em menos de 40 segundos já estaremos mortos!

Quanto mais rápido a tentativa de arrombar o mercado era, mais rápido os infectados apareciam e em rápido tempo chegavam correndo no cruzamento das ruas com o mercadinho.

Major Arthur – Atirem!

O barulho dos tiros não afugentava nenhum dos infectados que corriam mais em busca do grupo que parecia uma peça preciosa de alguma coleção importante, os que chegavam muito perto eram abatidos, os mais de longe rapidamente chegavam perto, e sempre apareciam mais infectados. As garotas ficavam estáticas, não se moviam, não falavam, só conseguiam respirar e olhar para Robert que tentava abrir o mercado.

Cmd Robert – Está difícil, tem algum tipo de proteção!

Major Arthur – Abra essa porta de qualquer maneira!

O comandante então se afastou da porta, puxou sua escopeta das costas e deu dois tiros próximos ao pé da porta. Foi o suficiente para abrir um rombo médio para que todos passassem.

Cmd Robert – Consegui! Vamos, todas pra dentro!

As garotas entraram primeiro, logo depois foi John, seguido de Charles e Fred. Porém quando Phill foi tentar passar, entalou-se no pequeno espaço.

Cmd Fred – Mas que porcaria! Me dê a mão!

E por mais que se puxasse ou empurrasse o bendito homem não passava. Os infectados estavam se aproximando mais e Robert ainda se encontrava lá fora.

Cmd Robert – Puxem ele logo!

Porém a cada segundo os infectados chegavam mais perto, não poderia haver outra opção, Robert já não poderia mais ficar parado. De dentro do mercado só escutou-se um tiro de escopeta a mais, e um rombo foi aberto próximo ao do rombo em que Phill entalou-se, então um chute e os dois rombos se juntaram, permitindo que Phill passasse, mais não houve tempo para mais nada. Os gritos de Robert confirmaram o já esperado, os infectados alcançaram a porta.

Cmd Fred – Eu vou sair!

Major Arthur – Fique aqui dentro! Se você sair vai morrer também!

Logo uma estante de madeira foi empurrada e caiu próxima ao rombo, bastou mais um leve empurrão para tapá-lo, não seria o suficiente se os infectados resolvessem empurrar, mas bastaria para não chamar suas atenções. Os gritos de Robert ainda não estavam totalmente cessados.

Major Arthur – Meu deus, será que vamos perder um homem cada vez que nos movemos?

Cmd Fred – Mas que porcaria! Por causa deste maldito Phill o Robert morreu!  Ontem mesmo ele tinha me falado que ia ser pai, e queria voltar para casa e sair desse inferno!

Phill – Eu quero encontrar minha família, com ou sem a ajuda de vocês!

Cmd Fred – Seu ingrato! Já perdemos dois amigos por causa de você, e agora vem com esse papo de família? Eles devem estar mortos!

Phill – Não fale isso!

A Fúria no rosto de Phill era grande, e mesmo que todos soubessem o que viria a seguir, nenhum movimento foi feito, Phill atacou Fred com tudo e jogou ele contra uma das prateleiras do mercadinho.

Major Arthur – Parem com isso agora, estão chamando a atenção dos infectados!

A luta se continuava pelo chão em meio aos salgadinhos e barras de chocolate, ate que Phill consegue retirar de Fred a pistola que havia em seu coldre.

Cmd Fred – ARMA!

E um tiro foi escutado, por alguns segundos não se sabia quem foi ferido, se é que alguém foi ferido, todos estavam estáticos, o tiro ecoou pelo mercado como se fosse em uma montanha fechada.

Sgt.Charles – Tive que atirar, ele sacou a arma de Fred!

Major Arthur – Ótimo, perdemos mais um, na próxima perdemos três, e quatro até não sobrar mais ninguém?

Cpt. John McMillan – Ele ia atirar major, Charles estava certo em reagir.

Major Arthur – Certo...e agora… Vamos pegar as comidas suficientes e tentar sair daqui.

Susan – Com licença, eu conhecia o mercado, meu vizinho era o dono, e a casa ao lado tem um acesso pelo depósito que fica encima no segundo andar.

Major Arthur – Obrigado, mais alguém tem alguma informação?

Susan – Não, é só isso...

Major Arthur – Certo, peguem o máximo de enlatados que puderem, vamos guardar e sair para a casa vizinha, temos de usar o corpo de Phill como isca para os infectados e depois fugirmos pelo lado da casa... Não podemos mais sair em campo aberto, é muito arriscado.

O Grupo correu para armazenar o possível, enlatados, salgadinhos e refrigerantes quentes em lata, tudo poderia ser utilizado para matar a fome por algum tempo. Demorou cerca de 30 minutos para que tudo ficasse pronto.

Major Arthur – Desta vez não podemos sair sem um plano mais detalhado, não há como ficar muito tempo nas ruas sem ser percebido.

Susan -  Mary, você viu a Deborah e a Rebecca?

Mary – A Rebecca está no banheiro e a Deborah está ali atrás na prateleira...

Cmd Fred – Eu não vejo a Rebecca faz um tempo, a quanto tempo ela falou que ia no banheiro?

Mary – Faz uns 20 minutos quase...

Cmd Fred – Já é tempo demais, venham comigo as duas vamos ver se está tudo Ok.

Fred subiu junto com Mary e Susan até o corredor escuro, ao fim dele encontrava-se o banheiro. Fred bateu 3 vezes na porta com força...

Cmd Fred – Rebecca, está tudo bem?

Nenhuma resposta.

Cmd Fred – Rebecca?

Alguns segundos e nenhuma resposta.

Cmd Fred – Rebecca, se não responder eu vou abrir a porta a força!

Mais uma vez sem resposta, Fred toma impulso e acerta um chute próximo a maçaneta, aonde se encontrava a tranca da porta, que quebrou com a parte de madeira que prendia... Porém, nada estava bem, a cena que as duas garotas e Fred viram não era das melhores...

Cmd Fred – Droga, vamos descer...

Descendo as escadas junto com as garotas aos prantos...

Major Arthur – O que ocorreu?

Cmd Fred – Perdemos mais um...

Major Arthur – Como assim mais um? Perdemos o que?

Cmd Fred – Mais uma vida, a garota se suicidou!

Sgt. Charles – Ah, mas o que é isso agora?

Major Arthur – Não quero demorar muito tempo neste local, deixaremos a sua amiga no banheiro e usaremos o Phill como distração, vamos sair agora.

Todos subiram, dobraram à direita no corredor para chegar na pequena sala, durante tudo isso era possível ver a porta do banheiro entre aberta com os pés de Rebecca. O Grupo arrombou um pedaço de madeira que cobria a parede e a diferença entre as duas casas, ao que parecia a outra coisa estava abandonada, mas com todos os móveis dentro.

Cpt. John McMillan – Certo, vocês fiquem aqui, vou pegar o Phill e jogá-lo pela outra janela, quando eu correr por aquela porta podem disparar, tentarei acompanhar vocês.

John desceu e puxou o corpo de Phill pelas escadas, o grupo se mantinha estático entre a casa abandonada e o segundo andar do mercadinho, John abriu a janela e viu alguns infectados ainda encima do corpo de Robert, que estava irreconhecível.

Cpt John McMillan – Comam isso, bastardos...

Jogando o corpo de Phill e correndo para a porta, o grupo já disparava em direção à saída da casa abandonada. Assim que o grupo abre a porta avista diversos infectados em ambos os lados, impossível voltar mais, correram para o outro lado aonde havia uma casa de portas abertas.

Assim que John Chegou a porta os infectados já estavam chegando e não havia tempo para correr, ele só pôde fechar a porta e trancar-se. Sentando-se voltado para dentro da casa... Por um instante, fechou os olhos e se lembrou de sua infância, quando brincava com seus amigos, voltava cansado e brincava de invadir a casa do vizinho por uma passagem secreta... Um grande estalo aconteceu na cabeça de John... Passagem secreta?

Rapidamente correu para o segundo andar, andou para o quarto aonde o rombo foi aberto e, sim, ali era o local aonde ele costumava ficar...era o seu quarto. Um sorriso de desespero e ao mesmo tempo alívio foi aparecendo, olhou para todos os móveis e tudo constatava que era o local aonde morou a anos... Ele não sabia o motivo pelo fato de que estava tudo lá, e ninguém estava na casa, não entendia nada do que estava acontecendo. Olhou pela janela e viu o grupo na janela do segundo andar da outra casa, pegou rapidamente uma lanterna e repassou para o outro lado em Morse que aquela era a sua casa...

Cmd Fred – Que maluco, como assim a casa dele, ele quer ficar lá?

Major Arthur – Não, não, pelo que me lembro da ficha dele ele morava aqui em Washington...

Susan – Peraí, eu conheço quem viveu naquela casa, minha irmã namorou com um garoto que morava nela, o nome dela é Jennifer, se mudou para a Europa...

Cmd Fred – Ah para, estão de sacanagem comigo, isso é sério? Onde estão as câmeras? Que ótima simulação! Mas que porcaria é essa? Destino?

Sgt. Charles – Eh, parece que isso existe mesmo...

Cmd Fred – Ainda acho que estão de zoação comigo, se tudo isso for uma pegadinha eu mato vocês, literalmente!

Susan – Não estou brincando, não lembro o nome do garoto, mas eu era amiga dele também.

Cmd Fred – Ok, e agora o que vamos fazer?

Major Arthur – Temos de avançar, não podemos ficar parados aqui.

Cmd Fred – Mas e o John?

Major Arthur – Vamos ter que deixar ele por enquanto, envie isso pra ele, se possível o esperaremos daqui a um dia no prédio designado...

John recebeu a mensagem, e respondeu positivamente... Tinha comida no mercado e na sua mochila para se agüentar, enquanto isso se voltava para sua infância e adolescência, começava a olhar tudo e a remexer em busca de qualquer coisa antiga, e acabava encontrando algumas coisas. O dia foi avançando, os infectados deixaram a porta da casa e partiram para a esquina, provavelmente em busca do corpo de Phill, e logo a noite chega, alguns gritos e explosões acontecem somente de noite, provavelmente é quando as pessoas tem menos chances de defesa... John não teria como ser o vigia a noite toda, por isso procurou lugares para se esconder, e quando olhou no armário viu em seu topo um caderno, quando o abriu pôde ler...

18 de Julho de 1991

"Querido diário, hoje fui a casa de Bob...”
Uma explosão de alegria dentro de uma mistura de medo e raiva foi se alastrando pela mente de John, ler o que ele havia escrito quando era criança era uma ótima lembrança, e assim que terminou o parágrafo curto de ortografia ruim, teve a idéia de escrever nele...

"Ah, querido diário, se é que posso chamá-lo de querido, após 20 anos de esquecimento..”
Tudo agora era encaixado em um pequeno laço com círculo de início, era hora de definir o que poderia ou não acontecer na sua vida, não poderia ficar impotente diante de alguma situação, seja ela qual for.
Um espírito de força e vontade de sobreviver tomou conta de John. Pulou do seu canto escuro e começou a se vestir, colocou sua mochila e rumou até a porta da casa...Colocou seu diário dentro da mochila e chegou na sala, na frente da porta...

Desta vez não existia ninguém para fazer uma piada animadora, nem ninguém para engatilhar uma escopeta e fazer com que tudo pareça recomeçar novamente, desta vez tudo teria de acontecer diferente, e seria naquele exato momento em diante...

terça-feira, 19 de julho de 2011

Capítulo 4 - Reflexões

O Grupo então decide dormir nos últimos quartos do segundo andar da casa. Deixariam as garotas em um quarto e o grupo dormiria no outro quarto.

Cmd. Fred – Sabem, nunca pensei que isso poderia ocorrer, estava tudo indo tão bem na minha vida.  Andrew morreu hoje, poderia ter sido eu, ou vocês. Sabem, sempre tive aquele sonho de morrer ao lado da minha mulher, velho na cama.

Cmd. Robert – Esqueça isso, se você se torturar vai perder a cabeça. Lembre de tudo positivo e que tudo dará certo, aprenda um pouco mais de filosofia oriental, quem sabe não te ajuda.

Sgt. Charles – Quem irá ficar de vigia hoje?

Major Arthur – Todos nós, começando por você, depois de uma hora e meia você acorda o John, depois de uma hora e meia ele acorda o Fred, depois o Robert, depois Eu, e depois Phill, se isso a manhã não estiver chegado mais cedo. São quase 9:30, o tempo passou rápido,  vai dar uma boa noite de sono para todos.

Foi quando todos se deitaram que perceberam que não havia como manter a cabeça no lugar, ainda que houvesse algo para discutir, algo para se pensar que distanciassem as mentes da realidade, que se mostrava horrorosa fora daquela casa, tudo ficaria na cabeça, e certamente ninguém teria uma boa noite de sono, e o melhor descanso seria quando pegarem a guarda e poderem assegurar-se de que vão estar vivos. A noite se torna sombria enquanto o fogo agora diminui-se de tamanho, gritos e explosões rumavam mais para o centro da cidade, mais para as outras áreas, impossível imaginar o que poderia acontecer a qualquer momento, certamente alguém viria a sucumbir diante da própria psique.

A noite avançava mais rápido do que o normal, alguns pegaram no sono logo, outros custaram a dormir, mas os vigias sempre eram trocados para permitir que sempre todos descansem. No outro quarto as garotas pareciam estar menos apavoradas, talvez por não saberem totalmente a gravidade e por se acharem seguras com os soldados, entretanto os soldados são os que sentem inseguros. Já se passava das 2 da manhã quando alguns focos de fogo foram se apagando, os gritos e explosões foram diminuindo gradativamente, não se sabia se estavam longes demais para se escutar, ou se não havia mais quem gritar ou o que explodir. Era provavelmente esse o pensamento de cada um quando tomavam a guarda. Sentar na janela do segundo andar e olhar para fora, levantar, andar pela casa escura, somente com uma lanterna para não chamar atenção, pegar um copo de água, tomar, visualizar o primeiro andar e voltar a se sentar.

Quando se dormia a noite passava rápido demais, mas quando se assumia o posto a noite se tornava quase que infinita, segundo por segundo até as 1:30h que cada um deveria cumprir.
Às 4h da manhã quase todos os focos de fogos estavam apagados e os gritos eram muito poucos e não eram constantes, porém algumas explosões ainda eram ouvidas, provavelmente de carros que já estavam pegando fogo, ou prédios, casas.

O ultimo vigia foi Phill, que ficou calado durante quase todo o tempo, sua aparência já era de medo, aflição, não estava muito bem da cabeça. Estava o tempo todo pálido e inseguro, despertava então certa desconfiança, que é necessária para manter todos a salvo. Ninguém poderia ter o direito de enlouquecer e deixar o grupo de forma com que afete o mesmo.

Logo o sol aparecia do outro lado da cidade, colocava o reflexo dos prédios contra a janela. Era hora de acordar a todos, quase que tudo em silêncio. A Maioria já se encaminhava a janela para visualizar o que havia acontecido, e se tudo aquilo não passava de um sonho, mas logo recebiam pela visão a má notícia.


Nada era um sonho, nada era um pesadelo, nada o que havia ocorrido era fruto de uma imaginação, e a cena que viam era o suficiente para provar a eles mesmo do que o que acontecia não poderia estar sob controle de ninguém. Não poderia ser controlado pelo grupo, nem pela polícia, e nem mesmo pelo governo.

Major Arthur – Meu Deus, até parece que bombardearam tudo! Isso não pode ter sido feito em um dia!

Cpt. John McMillan – Na verdade em uma noite, certo? Era pior do que pensávamos, e não poderemos ficar aqui por muito tempo, a comida está escassa e precisamos pedir ajuda de alguma forma.

Cmd Fred – Será que ainda tem gente viva?

Sgt. Charles – Bom, se estamos vivos outras pessoas podem ter se protegido, é certo que, se não foram torradas pelo fogo. Tivemos sorte, espero que outras pessoas também. Sem contar que se saírem serão mortas pelos cachorros raivosos.

Major Arthur- Acordem as garotas, vamos descer e planejar o que faremos, é preferível comermos algo antes de decidirmos planejar, é bom para a cabeça.

O grupo então fez um moderado café da manhã, pouco era falado na mesa, principalmente entre as garotas, a comida já estava acabando e logo deveriam sair da casa, mas teriam de avaliar tudo que pode ser levado em consideração. Não demora para que um barulho na rua ecoe pela sala.

Cmd Fred – Será alguém vivo?

Rapidamente Fred se deita próximo a janela, estica o pescoço até a quina da janela e levemente abre a cortina. Podia ver um jovem, de camisa branca e calça jeans todo ensanguentado, parado no meio da rua, não fazia nenhum movimento, não olhava para frente, nem para os lados, até parecia que não respirava, simplesmente estava morto, em pé.

Cmd Fred (sussurrando )– Acho que é alguém que sobreviveu.

Cpt. John McMillan – Não abra a porta, não podemos ter certeza, deixe ele quieto.

O grupo se reúne, juntamente com as garotas em uma mesa retangular feita de madeira, a mesma que usaram para o café da manhã, Susan buscou um catálogo que tinha um mapa da maioria das ruas, porém era pequeno demais. Decidiu-se então que poderiam copiar do mapa as ruas que necessitariam para chegar a casa de Phill, que insistia em ver a família, e até um dos prédios que aparentava estar intacto e com o para-raio piscando, provavelmente ainda teria energia. Antes disso era preciso passar em um mercado para pegar comida, e pelo menos em uma farmácia para pegar alguns remédios e antibióticos. Charles ainda tentava sintonizar a televisão, que da noite pro dia parou de dar sinal, o telefone fixo também havia perdido sinal, porém alguns celulares ainda funcionavam. Enquanto Charles tentava ligar para o Coronel do grupo que se manteve na base, o restante que estava na sala procurava as melhores saídas e entradas em todos os pontos que deveriam trafegar ou adentrar.

Logo todos os planos estavam quase em todas as cabeças de todos os membros. O primeiro objetivo seria pegar um pequeno beco que havia uma saída para a rua paralela, aonde na esquina se encontrava um mercado pequeno que parecia estar intacto porém com portas fechadas. Se for possível continuar a viagem, partir por uma das ruas estreitas da esquina, o porém é que a farmácia ficaria muito longe, com quase 4 quadras a frente. Depois o grupo teria de decidir se procuraria pela família de Phill ou se iria para o prédio.

Major Arthur – Bom, tudo foi repassado, eu gostaria de esperar até o amanhecer do próximo dia, mas não temos mantimentos para isso, vamos partir agora. Todos peguem suas armas, munições e mochilas, tudo que for descartável retirem e deixem espaços para a comida e remédios que iremos pegar, encontro vocês aqui na sala em 20 minutos para partirmos.

Boa parte do grupo subiu para o quarto aonde dormiram, pegaram suas mochilas, se organizaram entre frases críticas e xingamentos contra o presidente que havia fugido da cidade sem esclarecer nada ao grupo, somente teria jogado eles no caos. Não demorou para que todos estivessem na sala.

Major Arthur- Bom, está na hora, peço as garotas que fiquem no nosso campo de visão o tempo todo e não saiam de perto, andaremos sempre encostados nas paredes para evitar que sejamos vistos de certos ângulos, se possível se mantenham sobre as sombras para dificultar qualquer visão de alguma pessoa. Eu daria uma arma para vocês, mas infelizmente não posso assumir esta responsabilidade, por isso, estaremos fazendo a segurança de vocês. Abriremos o mercado com o pé de cabra da casa. Prontos?

Cmd Fred – Não senhor! Não estou pronto para isso, mas  se é necessário morrer pelo meu país eu deverei fazer!

Major Arthur – Quanto espírito patriótico você demonstra, moleque insolente. Você não está lutando pelo seu país, se era assim que desejava.

Cmd Fred – Sim, se não posso morrer velho com minha esposa velha , na minha cama, então morro pelo meu país, pode ficar melhor nos livros de história, isso se sobrar um escritor.

O grupo riu, levemente, porém riu. Mas logo o humor se dissipou, era esperada a ordem de abrir a porta, os risos desapareceram, deram lugar à seriedade e ao medo, provavelmente encontrariam o corpo, ou pelo menos parte do corpo de Andrew ali fora, assim como diversas outras pessoas que provavelmente estavam mortas, aquelas que estavam feridas, ou aquelas que estavam causando tudo isso. As ultimas checagens nas armas eram feitas, o ato de engatilhar a escopeta W1200 de Robert lembrou o grupo novamente do helicóptero, como se tudo fosse começar novamente...

Major Arthur – Pode abrir!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Capítulo 3- Out Of Ammo

Cap.3 – Out of Ammo
Major Arthur – Não parem de atirar! Temos que avisar Phill de que vamos perder o flanco, não podemos ser cercados!
O Grupo então corre, seguindo atirando nos infectados que agora estão em maioria, assim que acabavam suas munições a recarregavam, até que dobram a esquina novamente e correm gritando:

Major Arthur – Phill! Tire seus soldados daí, vamos ser cercados!

Não houve tempo para reação de Phill, antes disto seus soldados da tropa de choque caíram perante os infectados que atacavam a frente da rua, e os infectados corriam atrás do grupo de Arthur também, estavam cercados.

Cpt.John McMillan – Estamos cercados! Precisamos abrir passagem em algum lugar!

Major Arthur – Robert! Arrombe aquela porta, precisamos entrar naquela casa!

Robert então começa a chutar a porta, porém ela parece fortificada por dentro, os infectados começam a cercar mais o grupo...

Cmd Andrew – Minha munição está acabando!

Cmd Fred – Atirem, não parem!

Por alguns segundos, tudo fica devagar, os chutes de Robert na porta batem em sintonia com o coração, as luzes de fogo e dos disparos não cessam e o som do fundo é quase imperceptível, até que um helicóptero passa por cima da casa da qual estão tentando arrombar, podia-se ler: CNN

Cmd Fred – Estão nos filmando! Malditos, por que não fazem algo útil?

Até que o quebrar da maçaneta da porta é escutado.

Cmd Robert – Abri a porta senhor! Podemos entrar!

O Grupo corre para dentro da casa, tendo de dar um último chute na cabeça de um dos infectados para que pare de empurrar a porta. Charles arrasta um dos sofás da escura sala, levemente iluminada pelo fogo das ruas para a porta, pronunciando à Robert que poderia largar. Logo voltam-se para dentro da casa, com armas em punho para checar se estava tudo certo, porém faltava algo, o comandante Andrew.

Cmd Fred – Merda, onde está Andrew?

Cmd Andrew – Abram a porcaria da porta! Socorro!

Sgt Charles – Eu vou abrir!

Major Arthur – Não abra sargento, os infectados vão entrar!

Phill – Infectados? Que infectados?

Major Arthur – Depois lhe explico!

Os torturantes gritos de Andrew são escutados, enquanto o grupo se lamenta de dentro da casa, não havia o que fazer, não podiam abrir a porta, seria suicídio.

Cmd Robert – Por que diabos esse infeliz não entrou? A munição dele estava acabando, o que ele foi fazer?

Um ultimo tiro acaba com os gritos do comandante Andrew e a energia se restabelece, graças ao bom serviço do estado quanto a energia, mesmo em um inferno as coisas não deveriam parar.

Cpt.John McMillan – Tem uma TV ali, vou ligá-la.

A TV é ligada, e a imagem começa a aparecer, o helicóptero ainda estava por chegar no local, e o apresentador do jornal anunciando a repetição das imagens, até que o helicóptero passa sobre o prédio e vê-se o panorama do grupo, logo um sub-título é colocado no jornal: “Policiais matam covardemente cidadãos rebeldes. REVOLTA EM WASHINGTON D.C.”

Cpt.John McMillan – Ainda não devem saber da infecção, não tínhamos outra escolha...

O Helicóptero captura a imagem do comandante Robert quebrando a porta, e do grupo adentrando. Todos da sala olham fixamente para Andrew, queriam saber o motivo de ele ter ficado do lado de fora, e o motivo logo aparece. Um dos soldados do esquadrão de choque ficou para trás e vinha correndo pedindo por ajuda, porém mancando ainda, Andrew corre para ajudá-lo e sua munição acaba por terminar-se, o soldado de choque é pego por um dos infectados e Andrew corre para porta que já estava fechada. Nada mais podia-se fazer, Andrew é cercado pelos infectados enquanto luta para chutar alguns enquanto leva mordida de outros. Seu ultimo movimento foi retirar sua pistola do coldre, e um último flash de luz é a última coisa que se via do helicóptero, que ainda continuava rondando a casa, e os infectados ainda continuavam focados no corpo de Andrew...

Phill – Desculpem, vocês perderam seu amigo agora, eu perdi minha tropa e estou sem entender nada sobre isso tudo, alguém pode me explicar!

Cmd Fred (Exaltado)-  É um maldito vírus de um maldito cientista, um tal  “Xartz” do caramba que inventou uma mutação para a raiva, ai todo mundo fica louco e mata todo mundo, deu pra entender ou quer que desenhe?

Nesse momento um pequeno vazo quebra no chão do outro lado da sala, fazendo o grupo todo instintivamente apontar suas armas para aquela direção, podia-se ver duas mulheres encolhidas e próximas, uma loira de olhos escuros com uma roupa casual e descalça. A outra era morena dos olhos escuros, também com uma roupa casual e descalça. Agora mais facilitados de ver, pois a energia teria voltado, o major pergunta as duas:

Major Arthur – Vocês estão bem? Foram Mordidas, tocadas ou feridas? Quais seus nomes?

Garota Loira (Choramingando) :  Meu nome é Susan, a dela é Mary...

Major Arthur – Estão bem?

Susan – S-sim, estamos, nos trancamos em casa e fortalecemos as portas e janelas para que ninguém entrasse...

Cpt.John McMillan – Há mais alguém na casa?

Mary – H-há sim, nossas 2 amigas, correram lá para cima com medo das batidas, e nós corremos para cá... Os nomes delas são Deborah e Rebecca.

Enquanto Mary falava, podia-se ver a estreita escada de madeira ao fim da sala que tinha seu pé próximo a porta da cozinha, subindo a escada, John e Fred, seu respectivo “Scouter”, se depararam com um corredor longo e ainda escuro.

Cmd.Fred (Sussurando)– Aonde será que elas estão?

Cpt.John McMillan (Sussurando) – Fuja da porta da frente e nós as encontraremos...Devem estar em algum guarda roupa do ultimo quarto.

Os dois entram no ultimo quarto que tinha sua porta à direita e ligam a luz, Fred anda calmamente pelo quarto, passando ao lado da cama para chegar ao guarda roupa, e abrindo rapidamente encontra somente peças de roupas. Olhando negativamente para John, que responde assinalando com as mãos, apontando para debaixo da cama. Os dois olham e encontram as duas jovens que se escondiam.

Cpt.John McMillan – Deborah e Rebecca? Somos os mocinhos, não se preocupem, saiam daí debaixo e nos encontrem na sala, vamos informar o que está acontecendo.

Os dois saem do quarto, e as garotas ainda se mantinham debaixo da cama. Assim que descem as escadas encontram o restante do grupo e as outras duas garotas, no outro sofá de frente para televisão e analisando o jornal.

Cpt.John McMillan – Senhor, temos de esperar a poeira baixar, estamos quase sem munição e não há como deixarmos as mulheres sozinhas nesta casa, serão mortas pelos infectados.

Major Arthur – Você tem razão, vimos no jornal pelo helicóptero que os infectados saíram da frente da casa, devem ter encontrado algo mais chamativo, porém não devemos nos arriscar saindo agora, acho que vamos passar a noite aqui, alguém discorda?